29.5.04
J. K. Rowling não liga para a fan fiction com os maguinhos dela. Se ninguém faturar, as histórias tiverem a assinatura do autor e não rolar putaria, tá beleza. Admirável num tempo no qual até os super-heróis arrumam confusões com direitos autorais.
27.5.04
Dia de Gibi Novo: It's a Bird
Steven T. Seagle e Teddy Kristiansen são os responsáveis pela primeira história do Super-Homem na Vertigo (selo da DC que publica quadrinhos adultos). Quem esperava ver o Homem de Aço fazendo coisas ou enfrentando ameaças que não enfrentaria nos seus quadrinhos de linha tem motivos para ficar decepcionado. It's a Bird trapaceia e conta a história de Steve, um escritor de quadrinhos que recebe a proposta de escrever o personagem. Enquanto tenta pensar em algo, Steve se vê obrigado a confrontar o desaparecimento do pai, problemas com a namorada e uam doença hereditária que corre na família.
Muitas reflexões sobre o Super-Homem, seu papel na cultura popular e suas contradições aparecem na história - nada que nunca tenhamos ouvido, no entanto. O maios defeito de It's a Bird é que a presença do Super distraí do que deveria ser o foco: as conseqüências da doença hereditária na vida e obra de Steve. O gibi acaba ficando indefinido entre os eixos, que não se amarram em uma unidade. Existem trechos que lembram muito os trabalhos mais interessantes de Neil Gaiman, como Signal to Noise e Violent Cases, mas eles soam mais a citações que algo legítimo imposto pelas necessidades da história. Sem falar no final, onde as coisas se resolvem sem maiores conseqüências.
A arte de Kristiansen está ótima. Mudando de estilo várias e vária vezes, ele quase compensa o argumento raso e a narrativa mal reslvida. E olha que eu adoro histórias sobre escritores.
Steven T. Seagle e Teddy Kristiansen são os responsáveis pela primeira história do Super-Homem na Vertigo (selo da DC que publica quadrinhos adultos). Quem esperava ver o Homem de Aço fazendo coisas ou enfrentando ameaças que não enfrentaria nos seus quadrinhos de linha tem motivos para ficar decepcionado. It's a Bird trapaceia e conta a história de Steve, um escritor de quadrinhos que recebe a proposta de escrever o personagem. Enquanto tenta pensar em algo, Steve se vê obrigado a confrontar o desaparecimento do pai, problemas com a namorada e uam doença hereditária que corre na família.
Muitas reflexões sobre o Super-Homem, seu papel na cultura popular e suas contradições aparecem na história - nada que nunca tenhamos ouvido, no entanto. O maios defeito de It's a Bird é que a presença do Super distraí do que deveria ser o foco: as conseqüências da doença hereditária na vida e obra de Steve. O gibi acaba ficando indefinido entre os eixos, que não se amarram em uma unidade. Existem trechos que lembram muito os trabalhos mais interessantes de Neil Gaiman, como Signal to Noise e Violent Cases, mas eles soam mais a citações que algo legítimo imposto pelas necessidades da história. Sem falar no final, onde as coisas se resolvem sem maiores conseqüências.
A arte de Kristiansen está ótima. Mudando de estilo várias e vária vezes, ele quase compensa o argumento raso e a narrativa mal reslvida. E olha que eu adoro histórias sobre escritores.
A manha para ter boas idéias é circular bastante e levá-las de um canto para outro, atrevessando diversos grupos. (user: leituras; pass: dodia)
26.5.04
Un proyecto de comunicación audiovisual celular para colectivos sin presencia activa en los medios de comunicación preponderantes.
A Nerve - a melhor revista sobre sexo que conheço - está com uma edição especial sobre o casamento. Ensaios fotográficos, debates e muito mais sobre a instituição falida (?).
25.5.04
The consequence of this legal uncertainty, tied to these extremely high penalties, is that an extraordinary amount of creativity will either never be exercised, or never be exercised in the open. We drive this creative process underground by branding the modern-day Walt Disneys “pirates.” We make it impossible for businesses to rely upon a public domain, because the boundaries of the public domain are designed to be unclear. It never pays to do anything except pay for the right to create, and hence only those who can pay are allowed to create. As was the case in the Soviet Union, though for very different reasons, we will begin to see a world of underground art—not because the message is necessarily political, or because the subject is controversial, but because the very act of creating the art is legally fraught. Already, exhibits of “illegal art” tour the United States. [3] In what does their “illegality” consist? In the act of mixing the culture around us with an expression that is critical or reflective.
Vão ler Free Culture! Isso vale especialmente para djs, artistas, escritores e advogados.
24.5.04
23.5.04
21.5.04

Ted: Food & Wine Connoisseur
Which Member from Queer Eye for the Straight Guy is your type?
brought to you by Quizilla
20.5.04
“It looks like there's about two to three million recordings of music. Ever. There are about a hundred thousand theatrical releases of movies, ... and about one to two million movies [distributed] during the twentieth century. There are about twenty-six million different titles of books. All of these would fit on computers that would fit in this room and be able to be afforded by a small company. So we're at a turning point in our history. Universal access is the goal. And the opportunity of leading a different life, based on this, is ... thrilling. It could be one of the things humankind would be most proud of. Up there with the Library of Alexandria, putting a man on the moon, and the invention of the printing press.”
Technologists have thus removed the economic costs of building such an archive. But lawyers' costs remain. For as much as we might like to call these “archives,” as warm as the idea of a “library” might seem, the “content” that is collected in these digital spaces is also some-one's “property.” And the law of property restricts the freedoms that Kahle and others would exercise.
Tem versão anotada, tem versão quebrada em parágrafos, em pdf, em texto simples... Vai ler Free Culture agora!
2004 tem sido um ótimo ano para oa livros. Os do Doctorow, do Terron e Free Culture já valem o ano. Mas mais hão de vir!
Os mil melhores filmes feitos até hoje. Mil é um bom número. Só essa lista deve dar para o resto da minha vida. Já pra locadora!
Shoe Pron!
Totalmente work safe! Mais uma prova para minha teoria de que a gramática da pornografia pode ser aplicada a coisas não-antropomórficas e ser reconhecida como tal, de tão codificada que é. As legendas seriam totalmente dispensáveis - bastariam as fotos sob o título de shoe porn para que todo mundo entendesse. Só que eu leria o sapato vermelho como outra mulher.
Totalmente work safe! Mais uma prova para minha teoria de que a gramática da pornografia pode ser aplicada a coisas não-antropomórficas e ser reconhecida como tal, de tão codificada que é. As legendas seriam totalmente dispensáveis - bastariam as fotos sob o título de shoe porn para que todo mundo entendesse. Só que eu leria o sapato vermelho como outra mulher.
19.5.04
Além de permitir que marmanjos gorduchos se transformem em lindas adolescente elfas vagamente lésbicas, os RPGs online são um bom lugar para os economistas estudarem e observarem seus modelos.
Precisamos de um Political Friendster brasileiro. Mesmo que as informações nesses sistemas sejam conhecidas, a visualização das informações integra dados isolados em um único espaço mental.
18.5.04
Óculos que filmam e camisetas que mostram imagens. Tudo muito tosco ainda, mas as invenções são promissoras - especialmente se adicionarmos alguasm tecnologias de streaming.
17.5.04
Outro livro que eu estava muito pilhado para ler era - é, na verdade, Free Culture. Nele, o advogado americano Lawrence Lessig traça a rota dos direitos autorais desde sempre até hoje. Nos 26% que eu li - no palm, o livro está disponível de graça em diversos formatos - ele já explicou várias coisas que eu só sabia muito vagamente, além de esclarecer para mim certas contradições que eu tinha sobre minha visão dos direitos autorais. Várias idéias aparecem quando eu ligos os pontinhos entre ele e cultura da Interface. Obrigatório para qualquer um que já baixou alguma coisa num p2p.
Steven Johnson e R. U. Serious conversam sobre algumas idéias em Mind Wide Open. Hoje eu deixei de história e encomendei o livro. Mais uns dias vivendo de dogão não mata ninguém. E eu preciso urgentemente ler esse livro!
Tecnologias de informação móveis podem ser usadas para ler a camada de dados que cobre as cidades. E, em lugar de informações chatas comerciais, elas podem ser usadas para > reencantar o mundo.
Public safety is more important than public convenience.
Jammers de telefones celulares vão se tornar cada vez mais comuns nos próximos anos. Os estádios de Los Angeles, por exemplo, serão cobertos pelos aparelhos - que só serão ativados em caso de ameaça terrorista.
Devagarinho, as ferramentas tecnológicas e mentais de um estado totalitário vão sendo instaladas. Maquiavel estava errado nessa.
Jammers de telefones celulares vão se tornar cada vez mais comuns nos próximos anos. Os estádios de Los Angeles, por exemplo, serão cobertos pelos aparelhos - que só serão ativados em caso de ameaça terrorista.
Devagarinho, as ferramentas tecnológicas e mentais de um estado totalitário vão sendo instaladas. Maquiavel estava errado nessa.
15.5.04
Ontem foi o Fast Fiction Day no blog do Warren Ellis. Cory Doctorow, Richard Kadrey, Kenji Siratori, Cherie Priest, Andi Tantimedh, M. Christian, Susannah Brerlin, Alexander Besher, Melissa Gira, Matt Fraction, Patrick Farley e Kelly Sue DeConnick contribuiram.
14.5.04
Finalmente um uso das tecnologias móveis que faz pleno sentido - ao contrário de simplesmente aumentar os pixels em nas phonecams.
Eu não sei o que está escrito, mas só as imagens dão a idéia: a Coréia é o futuro dos consumer eletronics.
13.5.04
Pelo visto eu não sou a única pessoa que tem problemas para comprar um telefone em um esquema minimamente aceitável - o que eu queria mesmo ou ficaria bem contente são inatingíveis. Cory Doctorow também sofre nas mãos das telefônicas.
12.5.04
Agora que eu já sei como escrever minha tese de doutorado, não tenho mais desculpas. Quer dizer, só tenho que fazer um mestrado antes e pronto.
Desde o SuperNes, a Nintendo não faz um console que preste. Mas o novo portátil deles confirma que a empresa é a rainha do setor.
11.5.04
Segundo opositores, um dos riscos da engenharia genética é o fim da humanidade como uma única espécie: as diferenças entre os indivíduos seriam tão grandes que não poderíamos mais fazer afirmações que abarcassem todos os seres. Concordo com o princípio da afirmação, mas enxergo em tal fragmentação justamente o cumprimento da promessa de autodeterminação que caracteriza os seres humanos.
De qualquer maneira, parece que nem precisamos alterar nada para uma humanidade mais múltipla do que tendemos a acreditar que ela seja, basta examinar mais de perto. A neurodiversidade é um exemplo. E pode apostar a maioria dos mutantes vai escolher suas diferenças como principal critério de inscrição identitária.
De qualquer maneira, parece que nem precisamos alterar nada para uma humanidade mais múltipla do que tendemos a acreditar que ela seja, basta examinar mais de perto. A neurodiversidade é um exemplo. E pode apostar a maioria dos mutantes vai escolher suas diferenças como principal critério de inscrição identitária.
10.5.04
Duas coisas muito importantes sobre Friends:
there's another, more fundamental problem with hailing Friends as the last great situation comedy: It misstates the genre to which the show belongs. Friends isn't a sitcom. It's a soapcom, a soap opera masquerading as a situation comedy. The earworm theme song, the laugh track, and the gooey sentimentalism all conspire to fool viewers and critics into thinking they're watching a family sitcom like Growing Pains or Family Ties updated for urban tribes (a Golden Girls for the pre-retirement set).e
In contrast to the doggedly preprofessional grads of the 1980s who couldn't wait to put on a tie (male and female alike) and enter the hyperadult world of investment banks and law firms, our business-casual class has circled happily in a post-collegiate holding pattern long past graduation day, whether by installing Fooz-ball tables in the workplace or by glorifying immaturity in branding ("Yahoo!," "Fat Bastard Chardonnay"). And so has Friends.
Agora que a tecnologia dos videogames é boa suficiente para executar músicas e vídeos com a mesma qualidade de qualquer outro meio, está na hora de ampliar as referências culturais e fazer algo interessante com isso. Os comentários os músicos escalados para tocar Final Fantasy não devem ser lidos apenas como elitismo ou intolerância cultural
9.5.04
Os telefones celulares estão substituindo os automóveis como signo de preferências pessoais. E isso é bom.
8.5.04
Os dez melhores diretores de ficção científica. Tirando o Sipelberg tão alto na lista, não acho defeitos.
Coisas de Papel
Tem algum tempo que eu não comento coisas de papel que eu tenho lido. São muitas e como sempre elas se impedem, se complementam e se misturam. O resultado é ansiedade, naturalmente. Ainda mais depois que eu comecei a usar o palm para ler artigos baixados na rede, saindo um pouco da frente do computador.
Vamos lá.
De gibis, li recentemente diversos números da coleção miniTONTo, gibizinhos de 32 páginas com histórias absurdas. Já conhecia a coleção, mas só tinha lido Dimensão Z (Fido Nestii). Dos seis que comprei, os melhores são Pinóquio Vai à Guerra (Elenio Pico), Hermes e Cherlenes (Mariana Massarani) e Nunca Pasa Nada (Gabriel Frugone) - que consegue em duas páginas pequenininhas fazer uma das mais eficientes sínteses da dinâmica dos relacionamentos homem-mulher.
Outro gibi que li recentemente foi a antologia mineira Acrobata HQ, publicada com apoio da prefeitura de Divinópolis. As quatro histórias da edição são muito irregulares, mas a maior delas - uma graphic novel de sessenta e poucas páginas - é impressionante, apesar de uma certa falta de clareza por causa dos desenhos. Marcelo Fontana e Thiago Magalhães devem ter gasto um bom tempo em Grande Castelo, uma história sobre Canudos. Depois dessa história, fiquei muito curioso para ver mais tabalhos da dupla - principalmente do roteirista.
Me sinto meio picareta quando resenho um livro sem ler todo, mas todos os que fiz isso ultimamente permitem. Fico girando entre os três e acabo não terminando nenhum. Mas são todos coleções de textos, então é nenhuma. A Melhor Democracia que o Dinheiro Pode Comprar é um puta trabalho de jornalismo investigativo do americano Greg Palast - que só consegue publicar na Inglaterra. Apoiado empilhas de documentos, Palast parte para cima de corporações e políticos americanos. Ainda não consegui ler os dois últimos capítulos, mas só pelos dois primeiros - como as eleições americanas de 2002 foram roubadas e as relações entre os Bush e certos bilionários - o livro já vale.
Cara, Cadê Meu País? é em muitos aspectos o oposto de Palast. O foco de Michael Moore não é nos assuntos tratados, mas no show. Os documentos que ele usa de justificativa, por exemplo, não aparecem nos textos, mas em notas no fundo do livro. Eu nutro uma antipatia muito grande por Moore - acho o sujeito um showman hipócrita e mentiroso - mas não posso negar que em alguns capítulos do livro - em particular "Como Conversar com seu Cunhado Conservador" - o estilo fanfarrão funciona. Mas, se tiver que escolher, fique com o Palast.
Outro livro quase completo é Os Simpsons e a Filosofia, um dos muitos organizadospoe William Irwin usando produtos pop para divulgar questões filosóficas. Gostei particularmente do livro trazer muitos ensaios sobre ética - sem dúvida meu tema favorito - e sobre os elementos intertextuais do seriado. Infelizmente a tradução tem diversos erros, sejam nomes de filmes traduzidos literalmente em lugar da tradução consagrada ou referências pop importantes que se perdem pela falta de atenção dos tradutores. Acho que ficou faltando uma revisão por alguém mais ligado nesses assuntos, mas deixando isso para lá, o livro é muto melhor que o parente sobre Matrix.
Descobri que ler revistas se tornou quase impossível depois do palm. Compro, mas o material na Internet me parece mais perecível, além de eu carregar o computadorzinho o tempo todo. Mesmo assim estou fazendo um esforço para ler a excelente Too Much Coffee Man, revista que se descreve como a highbrown magazine for the lowbrown, or a lowbrown magazine for the highbrown crowd. Acho que a melhor forma de descrever a revista é dizer que é um grande zine. Quadrinhos, críticas, matérias, ensaios, essas coisas. Tudo muito bom, sério. Comprei também a Vogue Homem, mas é bofe demais e não tem tantas modelos bonitas quanto a versão de verdade. Os ternos do ensaio inspirado nas ficções de espionagem me dão vontade de trabalhar mais.
Só que aí eu não ia ter tempo para ler Free Culture. E olha que já está difícil.
Tem algum tempo que eu não comento coisas de papel que eu tenho lido. São muitas e como sempre elas se impedem, se complementam e se misturam. O resultado é ansiedade, naturalmente. Ainda mais depois que eu comecei a usar o palm para ler artigos baixados na rede, saindo um pouco da frente do computador.
Vamos lá.
De gibis, li recentemente diversos números da coleção miniTONTo, gibizinhos de 32 páginas com histórias absurdas. Já conhecia a coleção, mas só tinha lido Dimensão Z (Fido Nestii). Dos seis que comprei, os melhores são Pinóquio Vai à Guerra (Elenio Pico), Hermes e Cherlenes (Mariana Massarani) e Nunca Pasa Nada (Gabriel Frugone) - que consegue em duas páginas pequenininhas fazer uma das mais eficientes sínteses da dinâmica dos relacionamentos homem-mulher.
Outro gibi que li recentemente foi a antologia mineira Acrobata HQ, publicada com apoio da prefeitura de Divinópolis. As quatro histórias da edição são muito irregulares, mas a maior delas - uma graphic novel de sessenta e poucas páginas - é impressionante, apesar de uma certa falta de clareza por causa dos desenhos. Marcelo Fontana e Thiago Magalhães devem ter gasto um bom tempo em Grande Castelo, uma história sobre Canudos. Depois dessa história, fiquei muito curioso para ver mais tabalhos da dupla - principalmente do roteirista.
Me sinto meio picareta quando resenho um livro sem ler todo, mas todos os que fiz isso ultimamente permitem. Fico girando entre os três e acabo não terminando nenhum. Mas são todos coleções de textos, então é nenhuma. A Melhor Democracia que o Dinheiro Pode Comprar é um puta trabalho de jornalismo investigativo do americano Greg Palast - que só consegue publicar na Inglaterra. Apoiado empilhas de documentos, Palast parte para cima de corporações e políticos americanos. Ainda não consegui ler os dois últimos capítulos, mas só pelos dois primeiros - como as eleições americanas de 2002 foram roubadas e as relações entre os Bush e certos bilionários - o livro já vale.
Cara, Cadê Meu País? é em muitos aspectos o oposto de Palast. O foco de Michael Moore não é nos assuntos tratados, mas no show. Os documentos que ele usa de justificativa, por exemplo, não aparecem nos textos, mas em notas no fundo do livro. Eu nutro uma antipatia muito grande por Moore - acho o sujeito um showman hipócrita e mentiroso - mas não posso negar que em alguns capítulos do livro - em particular "Como Conversar com seu Cunhado Conservador" - o estilo fanfarrão funciona. Mas, se tiver que escolher, fique com o Palast.
Outro livro quase completo é Os Simpsons e a Filosofia, um dos muitos organizadospoe William Irwin usando produtos pop para divulgar questões filosóficas. Gostei particularmente do livro trazer muitos ensaios sobre ética - sem dúvida meu tema favorito - e sobre os elementos intertextuais do seriado. Infelizmente a tradução tem diversos erros, sejam nomes de filmes traduzidos literalmente em lugar da tradução consagrada ou referências pop importantes que se perdem pela falta de atenção dos tradutores. Acho que ficou faltando uma revisão por alguém mais ligado nesses assuntos, mas deixando isso para lá, o livro é muto melhor que o parente sobre Matrix.
Descobri que ler revistas se tornou quase impossível depois do palm. Compro, mas o material na Internet me parece mais perecível, além de eu carregar o computadorzinho o tempo todo. Mesmo assim estou fazendo um esforço para ler a excelente Too Much Coffee Man, revista que se descreve como a highbrown magazine for the lowbrown, or a lowbrown magazine for the highbrown crowd. Acho que a melhor forma de descrever a revista é dizer que é um grande zine. Quadrinhos, críticas, matérias, ensaios, essas coisas. Tudo muito bom, sério. Comprei também a Vogue Homem, mas é bofe demais e não tem tantas modelos bonitas quanto a versão de verdade. Os ternos do ensaio inspirado nas ficções de espionagem me dão vontade de trabalhar mais.
Só que aí eu não ia ter tempo para ler Free Culture. E olha que já está difícil.
Samuel Irving, 43, a double amputee bound to a wheelchair, is charged with rape and assault. Irving is a fellow resident of the nursing home.
6.5.04
Quando a Disney comprou a Miramax, um dos termos do contrato dizia que Mickey poderia cancelar filmes em determinadas situações. Recentemente, a companhia resolveu não lançar o novo filme de Micheal Moore porque as críticas ao presidente Bush poderiam causar prejuízos na forma do fim de isenções fiscais. Moore reclamou e a Disney está acusando-o de usar o episódio para fazer publicidade em Cannes.
Sendo tudo armado ou não, é bem típico do que ocorre quando uma companhia conservadora trabalha com um "artista rebelde".
Sendo tudo armado ou não, é bem típico do que ocorre quando uma companhia conservadora trabalha com um "artista rebelde".
5.5.04
Será que a psicologia evolucionária é capaz de explicar por que homens e mulheres escrevem de forma tão diferente sobre pornografia?
A Reason publicou um texto excelente sobre a política nos videogames. Não no sentido de política partidária, mas de vários assuntos de caráter político: das teorias nas bases dos rpgs online às ferramentas de controle das ações dos jogadores.
Um aspecto que muito me interessa, mal tocado pelo autor, é a maneira que os jogos refletem as mudanças no clima político. Compare esse aqui com esse. Dá para perceber muita coisa.
Um aspecto que muito me interessa, mal tocado pelo autor, é a maneira que os jogos refletem as mudanças no clima político. Compare esse aqui com esse. Dá para perceber muita coisa.
4.5.04
Inspirados nos tijolinhos do Lego, os engenheiros genéticos estão montando bibliotecas de características genéticas para serem encaixadas umas nas outras, craindo seres diversos. É maravilhoso e assustador - mais maravilhoso - apesar dos muitos problemas que eles estão enfrentando.
A Inglaterra é um dos países mais ateus do mundo - tanto que 25% da população acredita que o mundo seria um lugar melhor se ninguém fosse religioso. Então por que as autoridades dão tanta importância à religião? O texto também articula uma coisa que me incomoda há algum tempo: os ateus - ou "humanistas" - não deveriam combater ativamente a religião fora dos templos e algumas de suas idéias?
Quando as porn stars falam, coisas absurdas podem acontecer.
I was having a difficult time adjusting to the L.A. lifestyle. I'll never forget how respectful he was to me even though I was stuffing a bottle of champagne up myself, not to mention the banana's earlier in the day.
3.5.04
Que os cyborgs andam soltos pelas ruas é ponto pacífico entre muita gente. Mas qual o papel de um cidadão cyborg? Chris Hables Gray responde.
2.5.04
Outro dia, vendo as bijuterias luminosas e piscantes no Skol Beats, fiquei pensando porque as jóias nos filmes de ficção científica são tão chatas. Não me lembro de nenhum no qual elas fizessem algo além de enfeitar e virar armas (na literatura e quadrinhos as coisas são diferentes). Cheguei a duas conclusões: (1) poucos produtores de sci-fi sabem lidar com a cultura de consumo dos seus futuros e por isso deixam de lado os elementos estéticos. Ou (2) eles criam coisas simplesmente estéticas, mas que não refletem o zeitgeist suposto nos seus filmes. Como os sujeitos vacilaram, a realidade passou à frente: primeiro com jóias que mostram imagens e agora com tatuagens semipermanentes.
1.5.04
Hoje é aniversário do Basic. Me debrucei muitas horas sobre um TK-85 programando coisas fantásticas como relógios e jogos sem graça nessa linguagem.
Dar certas coisas - em vez de vender - pode ser um negócio muito lucrativo. O Creative Commons ajuda a estabelecer os termos do presente.
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